Neste mês aconteceu em Washington D.C. a OpenCon 2014, conferência sobre ciência aberta com foco em publicação, dados e educação, que se destaca por buscar reunir pesquisadores jovens e com representatividade de todas as regiões do planeta.

A colega Renata Aquino, pesquisadora na Federal do Ceará, esteve lá e escreveu um post de blog muito interessante, com inúmeros links para apresentações e outros ponteiros da conferência!

OpenCon2014

… Além destas experiências, pude apresentar um pouco da pesquisa desenvolvida sobre redes sociais científicas e educação e a apresentação pode ser vista em http://j.mp/opencon2014 e um registro em http://opencon2014.org/blog/opencon-project-presentations-round e em vídeo. …

Ler o post completo.

Abraços,

Ni!

Ontem, 25 de Novembro de 2014, aconteceu o último encontro virtual de 2014 do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta. Confira nesse post um resumo do que rolou no encontro e se desejar você poder ver o log do encontro.

Vídeo Conferência

Por vários motivos, nós queremos evitar ao máximo o uso de qualquer solução de vídeo conferência que envolva a utilização de software proprietário. Tentamos utilizar o http://meet.jit.si/ (que infelizmente só funciona com o Chromium, a versão livre do Chrome) mas algumas pessoas não recebiam o audio nem o video das outras. Acabamos desistindo de utilizá-lo e fomos fazer o encontro no nosso canal de IRC.

OpenCon

A Renata Aquino participou da OpenCon desse ano e repassou na reunião o que encontrou por lá. Ela também mandou um email para a lista com algumas informações.

Periódicos

Também tivemos um debate sobre o custo da publicação científica e a revisão por pares. Esse debate começou com a preocupação que algumas pessoas manifestaram na OpenCon sobre o acordo que a CAPES está fazendo com as grandes editoras científicas.

Queríamos muito saber o que rolou no encontro hoje lá na Casa de Cultura Japonesa da USP.

Manual de Ciência Aberta

Também foi falado sobre o Manual de Ciência Aberta que começou a ser escrito no ano passado logo depois do encontro que fizemos.

Visibilidade e Comunicação

Outra coisa que esteve na nossa reunião foi como dar visibilidade para o trabalho feito pelos membros do grupo e como evitar problemas de comunicação no grupo.

Próximo Encontro

Nosso próximo encontro será em Janeiro do próximo ano. Desejamos a todos ótimas festas.

Ciência Aberta

Acontece no dia 25 de novembro, às 20h30 (horário de Brasília), mais um Encontro Virtual do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta. Organizado de forma colaborativa, o encontro de novembro pretende discutir, entre outros tópicos, seu formato. O objetivo é melhorar a participação e a qualidade dos eventos.

Na próxima reunião também se discutirá o desenvolvimento de um manual de ciência aberta, a realização de oficinas temáticas e a conjuntura de 2015. O encontro também é uma oportunidade para os novos membros ou interessados em participar do Grupo de Trabalho se apresentarem e conhecerem as atividades desenvolvidas pelos demais.

As discussões do grupo podem ser acompanhadas pelos canais do GT e na página dos encontros na Wikiversidade, onde também é possível se sugerir novos temas para discussão.

Para participar basta acessar https://meet.jit.si/cienciaaberta (em caso de problemas utilizar #cienciaaberta na Freenode: https://kiwiirc.com/client/irc.freenode.org/#cienciaaberta) no dia e horário marcados.

Criado em 2013, o Grupo de Trabalho em Ciência Aberta é parte de uma rede global de ciência aberta apoiada pela Open Knowledge. No Brasil, ele é formado por pesquisadores e pesquisadoras em dezenas de universidades brasileiras que buscam promover e estudar práticas abertas na ciência. Atualmente, o grupo mantém um blog com textos de reflexão e notícias sobre o tema, além de uma lista de emails aberta onde as pessoas interessadas podem se inscrever para acompanhar as discussões e se envolver com as atividades do grupo.

Serviço:

O que: Encontro Virtual do Grupo de Trabalho em Ciência Aberta

Quando: 25/11/2014, às 20h30 (horário de Brasília)

Onde: https://meet.jit.si/cienciaaberta (em caso de problemas utilizar #cienciaaberta na Freenode: https://kiwiirc.com/client/irc.freenode.org/#cienciaaberta)

Mais informações: página dos encontros na Wikiversidade

Saiba mais:

No último sábado ocorreu nosso sprint relacionado com o Lattes e aqui você encontram algumas reflexões.

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Pouca Participação

Apenas eu e o Tel participamos. Esperávamos que mais pessoas participassem, pelo menos remotamente, pois problemas com o Lattes é algo que sempre ouvimos em um encontro de ciência aberta além de várias pessoas terem mostrado interesse em utilizar a informação do Lattes. Como aumentamos a participação ainda é uma questão em aberto.

Error Log

Logo no início das atividades descobrimos que o log de erro do Lattes é disponibilizado ao usuário quando tenta-se acessar um perfil que não existe como esse aqui.

Base de Dados para Análise

Uma dos objetivos do sprint era verificar a viabilidade de utilizar o scriptLattes para criar uma base de dados com parte significativa de currículos Lattes que pudesse ser compartilhada entre os interessados em meta-"ciência aberta". Infelizmente não conseguimos verificar um dos arquivos que queríamos (ver mais informações aqui).

Também verificamos que o scriptLattes precisa de uma correção para lidar com requisições de perfis inexistentes pois aparentemente ele não desiste de tentar baixar o perfil inexistente.

Outras conversas

Também tivemos algumas discussões sobre coisas que não gostamos no Lattes, como que elas "deveriam" ser e o que poderíamos fazer. Você pode ler algumas sobre isso na Wikiversidade.

Esse sábado, 08 de novembro, será realizado na UNICAMP um sprint voltado ao OpenLattes/ScriptLattes como previamente anunciado.

Como Participar

Estaremos utilizando o espaço do NIED na UNICAMP e os interessados apenas precisam comparecer no NIED a partir das 9:00. Para quem não conhece o NIED, ele fica de frente para a Praça da Paz e do Restaurante Del Sol (ver OpenStreeMap).

Esperamos ter suporte a vídeo conferência para possibilitar a participação remota de quem desejar mas já podermos confirmar no início das atividades. Fique atento aos comentários deste post.

Para quem não mora em Campinas e quiser participar, você pode tentar combinar uma carona na nossa lista.

Projetos Propostos

Temos vários projetos propostos tanto para o OpenLattes como para ScriptLattes. Fique a vontade para adicionar novas propostas.

Maiores informações

Se precisar de maiores informações você pode utilizar os comentários desse post.

Neste mês de novembro o Jornal da Unesp traz uma entrevista comigo, feita pelo Oscar D’Ambrosio. Como por motivos de espaço ele precisou omitir partes da resposta, publico aqui a íntegra da entrevista, espero que achem interessante.

(As diferenças para o texto do jornal estão na terceira pergunta, que foi omitida, e na quarta pergunta, cuja resposta foi abreviada.)

Bloedel Reserve Willow Tree

1) O que se entende por ciência aberta hoje? Como surgiu o conceito e qual são seus principais passos?

O entendimento mais completo é a ideia de que a informação científica, dos dados ao design de instrumentos aos métodos às conclusões, deve ser compartilhada tão cedo quanto possível no processo de pesquisa. Ou seja, tornar a pesquisa um processo transparente e colaborativo, onde a competição ocorre baseada simplesmente em contrbuições à inovação e progresso da ciência, e não na restrição de acesso e no tratamento de ideias como propriedade.

Isso é possível, e vantajoso para a ciência, pois alinha a prática de pesquisa aos mecanismos fundamentais de difusão, replicação, incrementação e crítica que garantem o avanço e validade das ideias científicas e as justificam como investimento da sociedade. Também quanto mais transparente e colaborativa a ciência, mais a comunidade é capaz de rastrear a origem das contribuições e atribuir crédito onde é devido, estimulando a competição sem recorrer a segredo, intermediários e sem obstruí-la através de restrições pouco compatíveis com o uso público da razão que a ciência representa.

2) Na sua concepção estamos caminhando para uma sociedade em que predominem a ciência cidadã e a educação aberta?

Estamos lutandor por isso. Ano passado um grupo de pesquisadores de diversas áreas iniciou um grupo de trabalho para lidar com esse tema e tem havido interesse e participação por pesquisadores de diferentes gerações. Também do lado da sociedade tem surgido um movimento, desde pontos de cultura até espaços mais autônomos como hackerspaces. Também na educação, onde vivemos um momento de decadência do sistema educacional nas sociedades liberais que insistem num modelo hierárquico, há exemplos de grande sucesso de iniciativas de educação aberta, com uso de recursos educacionais abertos, currículos flexíveis, ensino ativo e metodologias participativas, além de na educação básica um interesse por escolas democráticas ou que incorporam elementos dessas,

3) Quais são as principais ferramentas científicas e hardwares desse universo?

Hoje a pesquisa de ponta em instrumentação científica aberta parte do CERN, o grande laboratório de física, que tem publicado os desenhos de instrumentos com uma licença livre, que permite reutilização irrestrita, chamada CERN Open Hardware License. Também montaram um repositório para qualquer um compartilhar e colaborar em instrumentos, desde que usem a mesma licença que garante a liberdade desse conhecimento. No Brasil, institutos como o LNLS tem usado e contribuído desenhos para esse reposiório. Outros exemplos são o IFRN, que foi premiado com um desenho de estação meteorológica em hardware aberto. E talvez o centro institucionalmente mais avançado nessa discussão seja o CTA-UFRGS, Centro de Tecnologia Acadêmica, onde o professor Rafael Pezzi e sua equipe vem buscando desenvolver uma linha de produção para novos instrumentos toda baseada em hardwares e softwares abertos.

4) A sua visão é otimista ou pessimista em relação ao futuro dessas iniciativas?

Otimista, como deve estar transparente pelas respostas anteriores!

Mas restam muitos desafios a enfrentarmos, culturais, institucionais, legais, de massa crítica e de políticas e visão da ciência no Brasil.

Uma área em que somos particularmente retrógrados é no nosso entendimento da relação entre política científica e industrial, em particular na nossa visão colonizada do sistema de patentes. Ainda assumimos a falácia de que defesa e produção de patentes significa vantagem competitiva para nossas indústrias e vantagem econômica para as universidades. Acontece que, mesmo nos países industrializados e em muito melhores condições de explorar esse sistema, ele pode ter o efeito oposto. E torna-se ainda mais prejudicial e incoerente num sistema acadêmico público como o do Brasil.

É claro que sugerir uma associação inversa entre patentes e inovação pode parecer estranho para quem observa as políticas em implementação no Brasil, mas tal oposição não é novidade para estudiosos do assunto, encontrando-se desenvolvida em trabalhos do prêmio nobel de economia Joseph Stiglitz, do professor, emérito de Stanford e Oxford, Paul David, e de outros economistas como Michele Boldrin e David Levine. Ela encontra-se refletida na histórica econômica, de países como os EUA e a China, e em ações atuais de empresas como a norte-americana Tesla, que recentemente abriu mão de suas patentes para estimular a inovação e o livre mercado, e os membros da Open Invention Network, dentre eles Red Hat e Google, todos detentores de patentes que denunciam abertamente o prejuízo que esse sistema tem causado à inovação, abrindo mão desse monopólio, em diversas aplicações.

Assim, as diretrizes e a formulação ideológica da propriedade intlectual nas universidades brasileiras precisa urgentemente ser atualizada, porém o que tem ocorrido ainda é o movimento oposto, e parecemos incapazes de aprender com as lições vividas pelos colegas no exterior.

Um fenômeno parecido pode ser notado na educação, onde ao invés de buscar superar o paradigma da educação industrial, até para contornar sua inexorável decadência já reconhecivel em países como os EUA, insistimos num modelo de sobrecarga curricular e incentivos baseados em exames padronizados, que já se demonstraram ineficazes lá, onde foram concebidos. Assim, antagonizamos as oportunidades cognitivas e tecnológicas em que os jovens hoje se desenvolvem, ao invés de aproveitá-las. E não faltam bons exemplos no próprio país, mas para ter escala poderíamos observar outros países de cultura liberal onde a educação tem tido contínuo progresso, como no norte europeu, onde redução radical da carga curricular e valorização da autonomia do aluno e adaptabilidade dos materiais tem, irônicamente, garantindo até sua posição superior nos exames comparativos internacionais.

Quem tiver interesse nesses assuntos pode conhecer mais e ingressar na lista de emails do grupo de trabalho, pelo endereço https://www.cienciaaberta.net/

Ontem, 28 de Outubro, ocorreu nosso encontro virtual mensal e contou com a participação do Alexandre, do Abdo e da Veronique.

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Não teve nenhum anúncio.

Semana do Acesso Aberto

Foi discutido algumas coisas sobre a Semana do Acesso Aberto. Os tópicos discutidos encontram-se detalhados nesse outro post.

Sprint OpenLattes

O Abdo pediu detalhes sobre o Sprint OpenLattes. Maiores detalhes sobre o sprint será disponibilizados em breve.

Livro sobre Ciência Aberta

Uma das resoluções do Encontro no Rio foi a publicação de um livro sobre Ciência Aberta. Quem tiver interesse em ler o que o Abdo já escreveu para o livro pode fazê-los aqui.

Formato dos Encontros

Estamos pensando em alterar o formato dos encontros para ser centrado na apresentação de um projeto ou trabalho e debate sobre ele. Além disso também estamos pensando em mudar o horário para que possa ser "incluído na jornada de trabalho" dos membros. Essas mudanças ainda estão sendo discutidas.

Comunidade

A nossa comunidade está precisando de um gerente de, no mínimo, dedicação parcial para assumir várias tarefas, e.g. a organização dos encontros virtuais. Se me recordo bem da reunião de Setembro o Abdo e a Sarita estão concorrendo no edital do IDRC com um projeto chamado "Open and Collaborative Science for Development" que inclui suporte financeiro para o gerente da nossa comunidade. Não sei em que pé está esses planos nas seria muito bom ter alguém para no próximo ano.

Na semana passada, de 20 a 26 de Outubro de 2014, ocorreu a Semana do Acesso Aberto ou Open Access Week. Esse post é uma revisão do que ocorreu nessa semana.

Abertura da Semana do Acesso Aberto

A Semana do Acesso Aberto foi oficialmente iniciada com algumas palestras no Banco Mundial que foi transmitido ao vivo (e espero que seja disponibilizado em breve).

Open Access Button

O Open Access Button ganhou uma nova versão. Para quem não sabe, o Open Access Button é uma extensão disponível para os navegadores web que permite o usuário marcar um artigo científico como indisponível devido a barreiras financeiras.

OKF Internacional

A OKF publicou uma série de blog posts especiais durante a semana, destancando-se:

BioMed Central

A BioMed Central também publicou uma série de blog posts especiais durante a semana. Vários dos posts falavam sobre jovens pesquisadores como a Renata Aquino Ribeiro.

Financiamento do Right to Research

Parece que acabou não sendo divulgado na nossa comunidade mas o Right to Research ofereceu auxílio financeiro para aqueles que quisessem realizar algum evento durante a Semana do Acesso Aberto.

OpenCon

Um outro evento relacionado com Acesso Aberto que ainda vai ocorrer esse ano é a OpenCon que contará com transmissão ao vivo.

Preparando-se para 2015

E assim vamos chegando ao fim de 2014. Aqueles que já estiverem começando suas listas com as resoluções para 2015 adicione "Organizar algo na Open Access Week 2015". Estamos aqui para lhe ajudar nessa tarefa e vamos tentar não esquecer de anunciar possibilidades de financiamento caso queira realizar um evento.

No dia 08 de novembro, sábado, será realizado na UNICAMP um sprint voltado ao OpenLattes/ScriptLattes.

Sumário

O objetivo do sprint é iniciar as atividades relacionadas com o OpenLattes/ScriptLattes (isso inclui debate sobre o projeto, planejamento, prototipagem, documentação, …) e colocar as pessoas da comunidade interessadas no assunto em contato.

As atividades serão realizadas no NIED, com início às 9:00, com a possibilidade de participação remota.

Propostas

Qualquer trabalho relacionado com o OpenLattes/ScriptLattes são bem vindos. Apenas pedimos que seja feita uma proposta inicial concreta pois, normalmente, começar sem um norte é uma forma de andar em círculos durante o sprint.

As propostas iniciais incluem: documentar o ScriptLattes, escrever exemplos que utilizam o ScriptLattes, portar o ScriptLattes para Python3 (com algumas melhorias de engenharia de software).

Se tiver alguma sugestão você pode utilizar o sistema de comentários desse blog para fazer sua sugestão.

Como participar

Estaremos utilizando o espaço do NIED na UNICAMP e os interessados apenas precisam comparecer no espaço dia 08 a partir das 9:00.Teremos suporte a vídeo conferência para possibilitar a participação remota de quem desejar.

Adoraríamos ver caravanas do pessoal da região “metropolitana” do Estado São Paulo.

Outras perguntas e respostas

  1. Quem pode participar?

    Qualquer um.

  2. Preciso ser um programador?

    Não. As pessoas melhor qualificadas para várias das atividades são aquelas sem conhecimento de programação.

  3. Devo levar meu próprio computador?

    Sim.

  4. Sobre almoço, lanche e happy hour?

    Existem boas opções próximas ao NIED.

  5. Saiba mais na página do projeto na Wikiversidade

Nessa semana, 20-26 de Outubro de 2014, ocorre a Open Access Week (veja o anúncio) e termina com o Mozilla Festival que possui uma ótima trilha de ciência. Este post possui alguns pensamentos sobre matemática, acesso aberto e esses dois eventos.

Acesso Aberto e Matemática

Da Budapest Open Access Initiative temos

"By "open access" to this literature, we mean its free availability on the public internet, permitting any users to read, download, copy, distribute, print, search, or link to the full texts of these articles, crawl them for indexing, pass them as data to software, or use them for any other lawful purpose, without financial, legal, or technical barriers other than those inseparable from gaining access to the internet itself. The only constraint on reproduction and distribution, and the only role for copyright in this domain, should be to give authors control over the integrity of their work and the right to be properly acknowledged and cited."

Infelizmente, atualmente, qualquer recurso matemática em acesso aberto não encontra-se totalmente de acordo com a definição de Budapeste pois algumas vezes usuários não podem ler ou buscar ou transmitir a expressão matemática para um software devido a barreiras técnicas. Continue a ler para entender isso.

Dispositivos

Usuários deveriam ser capaz de ler expressões matemáticas independente do dispositivo que possuem. Você já tentou ler uma expressão matemática em um dispositivo pequeno (como um celular)?

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Em alguns casos a expressão matemática é maior que a tela e o dispositivo não quebra a equação em múltiplas linhas nem deixa o usuário rolar a tela ou ampliar/reduzir o texto.

Expressões Matemáticas como Imagens

Atualmente, na maior parte do tempo que você encontra na internet é uma imagem rasterizada (pense em um arquivo JPG). Isso não ajuda o acesso aberto pois você não pode remixar, buscar ou usar a expressão como entrada para um programa de computador. Se você possuir alguma dificuldade visual você também pode ser incapaz de ler a expressão.

Existe uma solução? Sim, MathML. MathML é um padrão proposto pelo W3C que possibilita remixar, buscar ou usar a expressão como entrada para um programa de computador (que torna possível oferecer soluções para pessoas com dificuldades visuais).

Ferramentas de Escrita para MathML

Já temos uma longa lista de ferramentas com suporte para produzir MathML. No caso do acesso aberto gostaria de destacar pandoc, que converte vários formatos de arquivo para HTML+MathML, e LaTeXML, que converte LaTeX para HTML+MathML e possui suporte a vários pacotes LaTeX.

Ferramentas de Leitura para MathML

Ferramentas para renderizar MathML é o grande empecilho para adoção de MathML. O motor utilizado pelo Firefox e Chrome possuem suporte ao MathML (Chrome não é distribuido com suporte a MathML) mas o Gecko, o motor do Firefox, ainda precisa seguir parte da especificação do W3C (quebra de expressões em linhas e matemática elementar) e o WebKit, o motor do Chrome, precisa de várias melhorias e, também, seguir parte da especificação do W3C.

mathml-on-firefox
mathml-on-epiphany

Nota:
A maior parte, se não toda, da implementação do suporte ao MathML no Gecko e WebKit foi feito por voluntários que algumas vezes possuem sorte em ter sucesso em projetos de crowd founding para alavancar o suporte ao MathML.

MathML na Open Access Week e MozFest

Estou um pouco desapontado por não ter visto notícias relacionadas com MathML durante a Open Access Week e que, algumas vezes, a conversa em grupos de Acesso Aberto limitação a licenças e barreiras financeiras.

Em relação ao MozFest, também não vi nenhuma proposta dedicada ao MathML mas tenho esperança de ouvir alguma coisa da sessão sobre ferramentas para escrita.