Ni!

A Conferência SciELO 20 Anos abordará e debaterá – em três dias de programação – as principais questões políticas, metodológicas e tecnológicas assim como as tendências que definem o estado da arte da comunicação científica. Essas questões moldarão o futuro universal da publicação científica aberta e as relações com os periódicos em Acesso
Aberto de hoje, em especial os da Rede SciELO. Um dos tópicos de interesse será o alinhamento dos periódicos e a operação do SciELO com as práticas da ciência aberta, como a publicação dos dados das pesquisas, o aceleramento dos processos editoriais e de comunicação por meio da publicação contínua dos artigos e adoção de *preprints*, maximização da transparência nos processos de avaliação e fluxos de comunicação, e a busca por sistemas mais abrangentes para a avaliação de artigos e periódicos.

Informações:
26 a 28 de setembro de 2018.
Tivoli Mofarrej São Paulo Hotel, Alameda Santos, 1437, Cerqueira César, São Paulo-SP
Contato: scielo20@scielo.org
http://www.scielo20.org


Ni!

Acaba de ser publicada a versão 1.0 do Open Science Training Handbook, um manual escrito por quatorze membros super ativos em comunidades de ciência aberta.

https://open-science-training-handbook.gitbooks.io/book/content/

Além de ser potencialmente útil e de haver um grupo apoiando seu uso em treinamentos, trata-se de um trabalho colaborativo aberto à contribuições. Todos esses pontos estão explicados com instruções na introdução do livro.

Um abraço,

ale
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Ni!

No próximo dia 12, quinta-feira, acontecerá o seminário Ciência Aberta, Ciência Cidadã, Ciência Comum, com apresentações dos pós-doutorandos o LIINC: Bia Martins, Anne Clinio e Henrique Parra, em debate com Miguel Said da UFABC.

Coordenadas: Dia 12 de abril de 2018 das 14:00 às 17:00 no Auditório Manuel Maurício de Albuquerque, Centro de Filosofia e Ciências Humanas da UFRJ, campus da Praia Vermelha, Rio de Janeiro.

Imperdível!

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Comunidade global envolvendo mais de 30 países clama pelo acesso livre ao hardware científico.

Mais de 100 cientistas, engenheiros, educadores, empreendedores e agentes comunitários de 30 países publicaram um relatório que descreve os passos necessários para facilitar o acesso ao hardware utilizado para fins científicos até 2025 com base em design aberto, desenvolvimento colaborativo e novas técnicas de fabricação.

Global Open Science Hardware Roadmap

O grupo, que se reuniu no CERN, em Genebra, e na Pontifícia Universidade Católica do Chile, em Santiago em 2017, argumenta que muito poucas pessoas tem acesso às ferramentas necessárias para a prática científica, particularmente os pesquisadores em países em desenvolvimento e grupos comunitários que necessitam coletar e analisar dados sobre o seu ambiente. De microscópios à microfluidos e estações de monitoramento de água, eles fazem parte de um movimento crescente de compartilhamento online de projetos abertos os quais qualquer pessoa pode livremente utilizar, modificar e até mesmo comercializar. O grupo responsável por este documento sugere que este enfoque pode reduzir drasticamente os custos de pesquisa ao permitir maior colaboração e formas de aprender de novas maneiras. “Nosso projeto,” afirma um dos autores Dr Luis Felipe R. Murillo do Instituto Ciência, Inovação e Sociedade da França, “é sustentado pelo objetivo compartilhado de criar conhecimento comum através da participação pública direta em ciência e tecnologia. Não se trata de uma crítica apartada, mas de uma forma de engajamento prático”.

Os autores e as autoras do Global Science Hardware Roadmap descrevem os passos que acreditam serem necessários para ajudar a esta comunidade avançar, incluindo maior apoio institucional das universidades e centros de pesquisa, fontes de financiamento e governos que preferem os inventores apliquem patentes sobre suas invenções de hardware. A Dr. Max Liborion, colaboradora do documento, relata em um artigo acadêmico recente as suas tentativas de assegurar que o seu dispositivo de baixo custo para amostragem de contaminação por micro-plásticos seja livremente acessível para as comunidades indígenas do Noroeste do Canadá com as quais trabalha. Muitos outros também defendem que o livre compartilhamento é compatível com a venda de produtos e pode, de fato, criar novas oportunidades para empreendedores. Jorge Appiah, um engenheiro e inovador que fundou o makerspace Kumasi Hive em Ghana, acredita que o livre compartilhamento reduz os custos do empreendedorismo no contexto Africano e viabiliza “a rápida escala de soluções de impacto com a localização das inovações, suas aplicações e avanços incrementais”. Esta abordagem é adotada por mais de quinze startups que estão produzindo hardware aberto e livre para ciência.

O relatório também defende a necessidade de assegurar o controle de qualidade e o cumprimento de padrões, particularmente importante para garantir a reprodutibilidade da pesquisa científica, uma preocupação crescente nos últimos anos. Licenciamento, documentação de alta qualidade e aspectos sociais e éticos da prática científica também são abordados. “As ferramentas científicas não são peças de tecnologia esotéricas e entediantes que não possuem conexão com a nossa vida cotidiana. Quem as utiliza, como elas são utilizadas e os resultados obtidos podem afetar no desenvolvimento de novos medicamentos, respostas à desastres ambientais e para educar a próxima geração de cientistas e tecnologistas: precisamos adotar uma perspectiva mais ampla” afirma Dr. Jenny Molloy da Universidade de Cambridge.

As comunidades que usam e desenvolvem hardware aberto são mais amplas do que se acredita. O documento apresenta projetos acadêmicos tais como “White Rabbit”, uma tecnologia aberta desenvolvida no CERN que tem o trabalho difícil de assegurar precisão de sub nanosegundo nas transferências de dados do acelerador de partículas, LHC e o OpenFlexure Scope, um microscópio criado por impressão 3D que usa uma câmera de baixo custo com Raspberry PI e que recentemente recebeu o “Grand Challenges Research Fund” do Governo do Reino Unido.

Hardware científico aberto é também utilizado pela população em projetos de ciência comunitária: Rede InfoAmazonia é um projeto que trabalha com uma rede de comunidades brasileiras para construir sensores de qualidade de água e enviar alertas de contaminação via SMS, enquanto projetos como EnviroMap e UTBiome mapeiam ecologia microbiana e dados ambientais com comunidades locais em Austin, Texas. Public Lab, uma organização sem fins lucrativos dos Estados Unidos, reuniu cidadãos para mapear o derramamento de óleo no golfo do México (também conhecido pelo nome em Inglês: “Deep Horizon Oil Spill”) em 2010 e continua a trabalhar ao redor do mundo com comunidades locais que sofrem com contaminação industrial usando kits de baixo custo e livre acesso que são aprimorados por voluntários.

Existem esforços para disseminar os benefícios de hardware aberto e livre globalmente. O Centro de Tecnologia Acadêmica do Instituto de Física da UFRGS, por examplo, explora o potencial de Hardware Científico Aberto em atividades de extensão assim como para educação de engenheiros e em ciências. Rafael Pezzi, coordenador do CTA e co-autor do documento, enfatiza que existe um grande potencial para ser explorado no Hardware Científico Aberto desde o ensino médio até o universitário: “pode ser visto como uma plataforma de atividades práticas e colaborativas para alunos de engenharia”. O projeto TReND África tem conduzido oficinas para pesquisadores africanos sobre como construir suas próprias impressoras 3D e seus próprios equipamentos de laboratório por uma fração de até 1% do custo das alternativas comerciais, garantindo controle sobre os instrumentos e os desenhos de pesquisa. A atividade no continente Africano aumentará substancialmente com o primeiro Africa Open Science and Hardware Summit que irá ocorrer em Ghana em 2018. Hardware para ciência aberta é uma ferramenta poderosa para reduzir o hiato entre teoria e prática no ensino médio Africano, mas devemos tomar cuidado com o neocolonialismo gerado pela tecnologia” pondera o co-organizador do evento e autor do documento Thomas Herve Mboa Nkoudou, que é o presidente da Associação para a Promoção de Ciência Aberta no Haiti e África (APSOHA – Association for the Promotion of Open Science in Haiti and Africa).

Ao lançar este chamado em busca de apoio, o grupo planeja continuar a seguir os seus planos de ampliar sua comunidade e o alcance e distribuição de hardware aberto através do Encontro Hardware Científico Aberto (GOSH) em 2018 em Shenzhen, China, declarada como “cidade criativa” de acordo com a UNESCO e que tem sido descrita como o “Silicon Valley” do hardware.

Nota para editores:

Para mais informações contate Shannon Dosemagen, Luis Felipe Murillo, Jenny Molloy e Rafael Peretti Pezzi através do email: roadmap (arroba) openhardware.science

Imagem de http://esocite2018.cl/

Colegas

Convido a submeterem resumo para o Esocite 2018 – XII Jornadas Latinoamericanas de Estudios Sociales de la Ciencia y la Tecnología, a realizar-se de 18 a 20 de julho, em Santiago do Chile.

Neste evento, estarei coordenando, junto com Carla Alvial Palavicino (NUMIES – UDP, Chile), María Alejandra Tejeda (Universidad Javeriana, Colombia) e Mariano Fressoli (Fundación CENIT, Argentina), a Sessão Temática “Do acesso aberto à ciência aberta: desafios, politicas e práticas no contexto latino-americano”, cuja descrição segue em anexo.

O prazo para envio de resumos é até 10 de março, no site http://esocite2018.cl/

Abs

Sarita Albagli
Ibict
http://www.ppgci.ufrj.br/docentes/sarita-albagli/

Del acceso abierto a la ciencia abierta: desafíos, políticas y prácticas en el contexto latinoamericano

Organizadores
Sarita Albagli, IBCT – UFRJ, Brasil
Carla Alvial Palavicino, NUMIES – UDP, Chile
María Alejandra Tejeda, Universidad Javeriana y STePS – Universidad de Twente, Colombia
Mariano Fressoli, Fundación CENIT, Argentina

La ciencia abierta está cambiando rápidamente la forma de acceder y utilizar el conocimiento científico. La acceso abierto, y la producción abierta y colaborativa permite que los científicos accedan a una cantidad de información que antes no se encontraba disponible: como datos de investigación, proyectos, software científico, diseños de instrumental, evaluaciones, cuadernos de laboratorio, etc.. Sin embargo, la realización de estos beneficios desafía las prácticas convencionales de la producción científica, tales como los esquemas que promueven la comercialización del conocimiento, las formas de evaluación por productividad.

Con respecto a acceso abierto, latinoamérica ha sido pionera en los temas de producción científica con los diferentes repositorios como son RedAlyc, Scielo, Clacso. Además existen experiencias incipientes de ciencia abierta. Sin embargo, estos desarrollos están alejados de las políticas de acceso y producción científica abiertas lideradas hoy por la Unión Europea y OCDE, permitiendo que un camino desarrollado de vea permeado por los requerimientos y miradas externas a nuestros contexto.

Este panel tiene como objetivo comprender de qué manera las experiencias de ciencia abierta pueden enfrentar las tensiones que existen con las prácticas convencionales de producción y comunicación científica. Para ello se explorarán cuestiones como: ¿Cuáles son los distintos significados de apertura de la ciencia? ¿Cómo concilian sus intereses por la apertura con las necesidades de cumplir con esquemas de evaluación e incentivos vigentes? ¿En qué modelos y criterios institucionales y regulatorios de evaluación, incentivo y fomento a la apertura en ciencia podrían inspirarse nuestra región? ¿Cómo se articula el rol del acceso abierto, sus políticas y prácticas, ante las nuevas cuestiones traídas por el movimiento de ciencia abierta y las diferencias que existen entre sur y norte global?

En particular, este panel busca discutir (i) la relación entre ciencia abierta y distintas formas de financiamiento de la investigación, en particular en Latinoamérica (ii) el efecto de la internacionalización de las universidades y la carrera académica, y el inclinación que existe hacia métricas y repositorios internacionales por sobre los latinoamericanos (iii) las lógicas detrás de políticas de ciencia abierta, con respecto a los objetivos de educación, comunicación de la ciencia y política pública que se buscan resolver a través de su implementación, en contraste con las brechas existentes en Latinoamérica en cada una de estas áreas (iv) incorporación de políticas de acceso abierto modelos de medición de impacto de la CTI, en particular en relación a valoración e impacto social de la investigación y (v) las nuevas agendas y desafíos (técnico, institucionales, culturales) del acceso abierto, ante las cuestiones de la ciencia abierta (datos abiertos, preprints, formatos abiertos, licencias abiertas, infraestructuras abiertas, entre otros).

Da Agência Fapesp:

O Scientific Electronic Library Online (SciELO) – programa financiado pela FAPESP – adotará duas novas ações com o intuito de se alinhar ao movimento global de ciência aberta.

O primeiro é atingir a meta de 75% dos periódicos científicos que integram a plataforma serem editados em inglês, o que deve ocorrer em março de 2018. A segunda é adotar o chamado preprint, isto é, a publicação do manuscrito em um repositório que poderá receber comentários de outros pesquisadores, antes de o artigo ser submetido a periódicos científicos.

Continue lendo…

Celebrar essa história de “publicar em inglês” como “alinhar ao movimento global de ciência aberta” é cheio de contradições, mas… a adoção de um sistema de preprints é excelente notícia! E a matéria continua com reflexões interessantes, a ler.

Como dizem, é o que tem pra janta 😉

Abraços,
l
e

Hoje, encerramento oficial do Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre, duas conferências de encerramento estão em destaque:

A conferência “Uma plataforma de ciência aberta para o Brasil”, da Viviane Toraci, apresenta “os resultados alcançados na tese de doutoramento da autora. Mais do que compartilhar conclusões de um estudo acadêmico, conclama uma posição política do Estado brasileiro em prol do desenvolvimento da Ciência Aberta como princípio para a produção científica nacional sob financiamento público. Palavras-chave: ciência aberta; política de comunicação, comunicação científica, acesso livre”. Viviane é doutora em Comunicação pela UFPE e é servidora da Fundação Joaquim Nabuco, onde está desenvolvendo a pesquisa “Divulgação científica na internet e o ensino de Ciências Humanas na educação básica”.  Acesse o artigo e o podcast aqui.

Ana Matte (eu) e Thalita Almeida, ambas da UFMG, do grupo Texto Livre, apresentam um estudo que mostra as confluências de atores, estratégicas, recursos e metas que fazem do UEADSL um jogo: “Pensar o UEADSL como um jogo é a base de sua eficácia: somente quando o jogador assume o papel do personagem, que lhe é designado, a mágica acontece: a destreza necessária é aprendida e a perspicácia para ir além do óbvio é, aos poucos, adquirida, processo que se pode chamar de empoderamento do jogador.” Acesse o artigo e o podcast de “UEADSL é um jogo: conheça nossa jogada” aqui.

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Ainda hoje serão concedidas as Menções Honrosas e voltaremos com essa e mais notícias. Participe!

Autora: Marcela Gontijo

Estamos no quarto dia de UEADSL e o principal acontecimento até agora nessa edição foi o lançamento oficial do livro “Memórias de letramentos: vozes do campo”, com organização de Carlos Henrique Silva de Castro e Luiz Henrique Magnani. Castro é membro da equipe do Texto Livre, coordenador do Evidosol/Ciltec-online e formado pelo Poslin/UFMG, o professor da UFVJM foi o primeiro a trazer estudantes de uma licenciatura do campo para o UEADSL. O livro, lançado pela editora da UFVJM, está disponível em PDF, sob licença creative commons, conforme os preceitos da ciência aberta.

Até o momento pudemos perceber que, apesar de uma diminuição do número de visualizações de páginas por visitante (de 8,9 para 7,5), temos uma maior concentração dos visitantes nos trabalhos: menos navegações pelo evento, mas mais envolvimento com os debates e as publicações e também maior interação. É um movimento que temos observado também nas edições anteriores do UEADSL, que sugere que há uma curva crescente de aprendizado dos participantes nos 3 primeiros dias do evento. Veja o gráfico abaixo com mais detalhes dos acessos e interações:

E com o evento chegando para o fim, a votação para as menções honrosas já está aberta. Para participar, basta fazer login e acessar, pelo menu à direita, o link para a votação, que encerra-se sexta, dia 01/12, às 12h. Participe!

Dois dias de evento e o mês de novembro aponta para um dos maiores UEADSLs de todos, não só pello número crescente de visitantes, que já ultrapassa mil e setecentos, mas pela qualidade dessa participação, com 385 comentários publicados desde a liberação dos artigos na sexta passada. Ou seja, fazendo uma metáfora de evento presencial, cada trabalho, dentre os 56 distribuídos na grade, teve um público de 140 pessoas, com 7 perguntas no final. E, vale citar, a analogia ainda nos permite saber de um fato bem curioso para um congresso nacional: 10% do público veio dos Estados Unidos.

Acessos até 29/11 às 5h;

O artigo mais acessado de terça foi o artigo sobre o lançamento do livro: “Memórias de letramentos: vozes do campo”. Já o artigo mais comentado, aborda os traços barrocos na arquitetura do centro histórico de Diamantina. O trabalho de Maurício Teixeira Mendes tem suscitado muitos comentários sobre a arte barroca em diversas cidades mineiras.

Se você deseja saber mais sobre o evento, acompanhe as notícias publicadas pelo CAED, tais como Manifesto em defesa do ensino superior público e gratuito marca abertura do UEaDSL 2017/2 (publicada em 27/11) e Com edição marcada para próxima semana, UEaDSL tem organização complexa feita por voluntários (23 de novembro).

A partir de hoje está aberta a votação para menção honrosa. O prêmio, concedido aos melhores trabalhos pela Comissão Científica, também é concedido ao melhor trabalho escolhido pelo público. Participe!

Ana e Marcela

Fonte: Outras Palavras (http://outraspalavras.net/capa/stiglitz-por-que-e-preciso-negar-as-patentes/)

Ni!

Foi traduzido esses dias um texto de Stiglitz e outros sobre o imperativo de recusar patentes para promover desenvolvimento no século XXI.

http://outraspalavras.net/capa/stiglitz-por-que-e-preciso-negar-as-patentes/

Esse texto é interessante em si, mas também é uma chamada para ler o artigo completo dos pesquisadores, que fazem uma análise teórica e empírica dos fatos em torno do tema, propondo melhores abordagens para inovação no século XXI:

http://cepr.net/images/stories/reports/baker-jayadev-stiglitz-innovation-ip-development-2017-07.pdf

Abraços,
l
e
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