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Algo que todas as ciências compartilha é a necessidade de analisar dados que podem ser de um experimento químico com mercúrio como também de experimento envolvendo um circuito elétrico, dados socioeconômicos da população ribeirinha ou respostas de um questionário sobre nossos políticos. Infelizmente, os cursos de graduação e pós-graduação não costumam dar muita importância em ensinar boas práticas para análise de dados aos seus alunos e muito menos em como fazer a análise de dados sob os paradigmas da ciência aberta.

Software Carpentry é um grupo de voluntários interessados em mudar essa realidade e para isso eles ministram workshops onde apresentam ferramentas livres para analise de dados, como por exemplo R e Python, assim como boas práticas.

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Nesse primeiro semestre, a Software Carpentry realizou um workshop na Universidade Federal do Paraná, outro na Universidade Estadual de Campinas e um terceiro na Universidade Federal do Ceará. Os participantes dos três workshop gostaram bastante do conteúdo apresentado.

Se você tiver interesse em um workshop da Software Carpentry, entre em contato.

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A primeira foto foi tirada por Renato Augusto Corrêa dos Santos e as demais por Eric Lopes.

Texto de Alessandra dos Santos.

Boa tarde, pessoal. Peço licença para chamar a todos os interessados em discutir ciência cidadã, ciência aberta e afins para participar do Seminário Ciência Cidadã e determinação social da saúde: desafios e perspectivas.

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O Programa de Pós-Graduação em Informação e Comunicação em Saúde, PPGICS/Icict/Fiocruz, inter e transdisciplinar por natureza, se abre como um campo privilegiado para discutir essa inflexão do conhecimento cientifico, que traz o imperativo da abertura e da participação; da mistura e da reflexividade. Que trajetórias podem ser pensadas, inventadas e traçadas para contribuir com essa nova política é o que se objetiva abrir para discussão.

Dois palestrantes vão debater os temas: os professores doutores Sarita Albagli (Instituto Brasileiro em Informação, Ciência e Tecnologia) e Luis David Castiel (Escola Nacional de Saúde Pública). A mediação será realizada pela professora da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, Drª. Márcia Teixeira.

O evento é uma realização da turma de doutorado de 2014 do programa, por meio da disciplina Seminários Avançados I, sob orientação da professora Drª Cristina Guimarães.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas por este formulário.

Outras informações podem ser encontradas na página do facebook do evento.

Serviço

O que: Seminário Ciência Cidadã e determinação social da saúde: desafios e perspectivas

Quando: 03 de julho, sexta-feira

Horário: 13h30 às 16h30

Local: Auditório do Instituto de Comunicação e Informação Tecnológica e Científica (Icict), localizado à Av. Brasil, 4.365, Biblioteca de Manguinhos – Pavilhão Haity Moussatché – sala 202 – Campus da Fiocruz, Manguinhos.

Atenção alunos!! Daremos certificado de presença mas para isso é preciso se inscrever no evento!!

Obrigada pela divulgação, Grupo de trabalho em Ciência Aberta!

Saudações!

Turma de doutorado 2014 PPGICS/Fiocruz

Dynix/Skylarstrickland/CC0

Há algumas semanas encontrei este texto: “Library catalog metadata: Open licensing or public domain?” de autoria de Timothy Vollmer (com contribuições de MacKenzie Smith, Paul Keller e Diane Peters), de 14 de Agosto de 2012 no Blog da Creative Commons. Embora escrito já há algum tempo, o tema é extremamente pertinente e muito atual. Assim, pela escassez deste tipo de discussão aqui no Brasil, sobretudo quanto a mercantilização dos Catálogos de Bibliotecas através de “serviços de descoberta (web-scale discovery services)“, segue uma tradução do post, como forma de contribuição para novas discussões sobre um tema tão importante para as bibliotecas e centros de informação.

Não esqueça, o conteúdo deste site, salvo indicação em contrário, está licenciado sob a licença Licença Creative Commons

TRADUÇÃO de: Library catalog metadata: Open licensing or public domain? Timothy Vollmer, August 14th, 2012

Conforme relatado, há algumas semanas, a OCLC recomendou que suas bibliotecas membros, passem a adotar a licença Open Data Commons Attribution (ODC-BY) quando elas compartilharem seus dados de catálogos bibliográficos on-line. A recomendação de utilizar uma licença aberta como ODC-BY é um passo positivo para a OCLC porque ajuda a comunicar com antecedência os direitos e responsabilidades para os potenciais utilizadores de metadados bibliográficos de catálogos bibliográficos. Mas a decisão da OCLC em recomendar uma via de licenciamento – em oposição à liberação dos metadados bibliográficos para domínio público – levanta preocupações que justificam mais discussão.

A OCLC diz que tornar os dados bibliográficos derivados do WorldCat disponíveis sob uma licença aberta como ODC-BY está em conformidade com as normas de sua comunidade. No entanto, há outras opções que são igualmente compatíveis. A Biblioteca de Harvard, por exemplo, desenvolveu um acordo com a OCLC no início deste ano que faz com que seus metadados sejam disponíveis sob a Dedicação ao Domínio Público (CC0). Isto significa que Harvard cedeu todo o seu Copyright e os direitos conexos a esses dados, permitindo assim a mais ampla variedade de reutilização. Mesmo que coloque esta informação em domínio público, Harvard solicita que os usuários forneçam a atribuição à fonte como uma boa prática, sem fazer da atribuição uma exigência juridicamente vinculativa, através de uma licença.

Há boas razões para se confiar em normas comunitárias para atribuição de metadados em vez de exigir como condição um acordo de licenciamento. A exigência de apresentação de atribuição através de um contrato como ODC-BY não é bem adequada para um mundo onde os dados são combinados e remixados a partir de múltiplas fontes e sob uma variedade de licenças e outras restrições de uso. Por exemplo, a comunidade de bibliotecas está experimentando, com as novas tecnologias, os dados linkados (Linked Data) como um meio de obter maior valor das suas décadas de investimento coletivo em catalogação de dados. E estamos felizes em ver que a OCLC lançou um milhão de registros do WorldCat contendo 80 milhões de triplas de dados vinculados em RDF. No entanto, acreditamos que a exigência de atribuição como condição de licenciamento introduz uma complexidade que irá torná-lo tecnicamente difícil – se não impossível – para que os usuários estejam em conformidade.

Depois, há a questão de como vincular corretamente a informação de atribuição para uma pequena porção de dados (por exemplo, um único campo, subcampo ou tripla). A OCLC tem prestativamente fornecido orientações sobre a atribuição para os seus dados linkados , mas como será este trabalho para as bibliotecas membros que seguem as recomendações da OCLC para adotar a licença ODC-BY quando publicam seus próprios dados? Coleções de dados linkados de Biblioteca muitas vezes são derivados de pequenos subconjuntos de muitas coleções grandes e recombinados com novos relacionamentos, potencialmente exigindo atribuições separadas para cada elemento de dado. No caso dos dados publicados da OCLC, imagine que um usuário faz o download do arquivo da OCLC contendo 80 milhões de triplas de dados linkados, extrai os que ele está interessado e, em seguida, linka-os aos seus próprios dados de catálogo para criar um novo conjunto de dados linkados. As orientações para os dados do WorldCat incluem a opção de considerar uma URI WorldCat como atribuição suficiente, mas como seria esse trabalho para os próprios dados bibliográficos da biblioteca ou para dados adicionais, extraídos de fontes não-OCLC? As orientações não incluem recomendações sobre como as bibliotecas devam implementar os seus próprios dados de tal forma que reutilizadores possam cumprir com os requisitos de atribuição impostas pela licença ODC-BY. As normas da comunidade e as melhores práticas para a reutilização de dados linkados de bibliotecas não estão ainda bem definidas, por isso confiá-los em um contexto de licença juridicamente vinculativa é preocupante.

Outra questão que surge é sobre o âmbito da licença ODC-BY com seu foco em direitos europeus de banco de dados, além dos direitos de autor – direitos de banco de dados que não se aplicam nos EUA e que abrangem o banco de dados em sua totalidade, mas não o seu conteúdo, tornando incerto se ela pode ser aplicada a um simples arquivo de dados bibliográficos. E a questão de saber se o copyright se aplica a todos os dados bibliográficos, dada a sua natureza essencialmente factual é duvidoso, e pode variar dependendo da jurisdição legal. Enquanto a licença ODC-BY pode fazer bom senso para a OCLC para aplicar ao WorldCat em si, seria uma escolha questionável para uma biblioteca dos EUA que está procurando compartilhar alguns de seus dados de catálogo como um arquivo para download.

Além disso, pôr a maioria dos países fora da União Europeia – incluindo os Estados Unidos – não conceder proteção a bancos de dados não-criativos, a licença ODC-BY não funciona, à exceção, na melhor das hipóteses, como uma restrição contratual sobre aqueles downloads diretamente do site do licenciante. Portanto, esta restrição que não se baseia em qualquer direito de propriedade exclusiva subjacente, é improvável vincular reutilizadores que não obtém os dados diretamente do provedor de dados original. A ausência de um contrato vinculativo juntamente com a falta de qualquer propriedade subjacente à direita significa que licenciadores podem se surpreender ao saber que eles não têm uma solução forte e eficaz, como uma reivindicação de infração contra os utilizadores. Esta é uma preocupação existente na Licença de Banco de Dados Open, licença irmã de ODC-BY, que tem a mesma característica de projeto “contrato + licença”. Assim, a licença em muitos casos simplesmente não irá proteger a biblioteca que compartilhou os dados, ou OCLC, da maneira que eles esperam.

Outra preocupação mais geral sobre o uso de uma licença para compartilhar metadados bibliográficos tem a ver com a sua viabilidade técnica. Isto é evidente na Model Language que OCLC recomenda, que inclui links para a WCRR Política de Uso dos registros (WorldCat Direitos e Responsabilidades), as normas da comunidade e um FAQ. Seguindo estes links leva os leitores as páginas com ainda mais informações sobre os requisitos esperados para os membros e não-membros. A preocupação não é tanto a opacidade das regras, mas que eles podem tornar-se ligados a um grande número de registros que não têm nada a ver com a OCLC. Por exemplo, muitos membros só podem ter começado muito recentemente o reuso de registros da OCLC, ainda que na Model Language não é feita qualquer distinção entre registros OCLC e registos não OCLC de origem, mais uma vez, porque não há nenhuma solução técnica viável para diferenciar entre estes. O resultado: A atribuição é (erradamente) dada a OCLC para toda a base de dados, e um grande número de princípios OCLC ligados aos conteúdos completos do banco de dados das bibliotecas. Enquanto o ODC-BY e WCRR podem muito bem ser instrumentos bem-intencionados para transformar os dados do WorldCat em “recursos comuns” para os membros da OCLC, ele certamente não tem as soluções técnicas para demarcar onde começa e termina, potencialmente resultando em confusão e overreaching de requisitos para os que tentam cumprir. Fundamentalmente, isso levanta a questão de saber se os registros de biblioteca não devem ser apenas bens públicos liberados para o domínio público.

Por todas as razões acima expostas, instituições culturais, incluindo a British Library, Europeana, a Biblioteca da Universidade de Michigan, Harvard e outras adotaram a Dedicação ao Domínio Público (CC0) para a publicação de seus dados de catálogo online. A partir disso, vemos que uma abordagem verdadeiramente normativa para a comunidade de bibliotecas seria a Dedicação ao Domínio Público, como a CC0, juntamente com os pedidos para fornecer atribuição à fonte (por exemplo OCLC) na medida do possível. Tal abordagem seria maximizar a experimentação e inovação com os dados de catalogação, de acordo com a missão e os valores da comunidade de bibliotecas, respeitando o investimento da OCLC e a comunidade de bibliotecas neste valioso recurso.

O UEADSL2015.1 inicia nesta segunda-feira e recebe o público até a próxima sexta. A porta de entrada para a participação, livre e gratuita, é a grade de programação.

Como se trata de um evento online assíncrono e de livre acesso, basta seguir estes passos para obtenção de um certificado de participação, com rubrica da UFMG:

  • a) se ainda não se cadastrou no evento, faça um cadastro no blog (clique aqui);
  • b) acesse a programação (clique aqui);
  • c) os trabalhos estão organizados por dias, ficam em foco 2 dias para otimizar a interação autor-público. Escolha os artigos de seu interesse e acesse-os pelo link presente na programação. Se tiver dificuldade em escolher, pode ler o resumo clicando no título do artigo, página da qual você pode voltar à programação ou ir direto ao artigo no blog (maiores detalhes aqui e aqui);
  • d) após a leitura, se quiser interagir com o autor, basta fazer login no site (clique aqui) e deixar seus comentários. Na hora de salvar, não se esqueça de afirmar que não é spam e de pedir que o site te avise sobre novos comentários, de modo que você possa acompanhar a discussão dos artigos escolhidos com maior facilidade;
  • e) se algum artigo chamou sua atenção, se você gostou muito dele, deixe seu voto (aqui) para indicá-lo para receber menção honrosa.

Todos os participantes com pelo menos 3 comentários em propostas diferentes recebem certificado de participação.

SOBRE O UEADSL2015.1

O Congresso Nacional Universidade EAD e Software Livre deste primeiro semestre de 2015 está bastante diversificado em muitos aspectos: conta com autores de 8 estados brasileiros, comissão científica também interestadual, participação ativa do CAED da UFMG, 12 temas diferentes e turmas de 3 professores, além dos participantes externos e dos convidados.

Os temas abordados no UEADSL2015.1 podem ser assim agrupados:

  • temas centrais (universidade, EAD e software livre): 16 comunicações e 1 conferência de encerramento
  • Letramento, literatura e tecnologias digitais: 13 comunicações e 2 conferências de encerramento
  • Ciência aberta, cultura livre e tecnologias livres: 6 comunicações e 2 conferências de encerramento

Dos trabalhos submetidos para avaliação, 69% concluíram todas as etapas preparatórias, sendo aprovados para apresentação no evento. O gráfico (neste link) mostra a evolução da relação entre porcentagem de trabalhos apresentados/submetidos desde o início do evento, com uma diminuição de apresentados em virtude de um maior controle de qualidade no processo didático de acompanhamento dos artigos.

Clique na imagem para uma versão maior</p> <p>Nome:	         apresentadas-submetidas.png<br /> Visualizações:	1<br /> Tamanho: 	14,4 KB<br /> ID:      	59697

Em 2015.1, 94% dos trabalhos que chegaram à etapa final alcançaram nível suficiente para submissão aos anais, mostrando grande engajamento dos autores na produção de trabalhos de qualidade. Os Anais do UEADSL2015.1 devem ser lançados até o dia 19 desta semana.

O UEADSL, um recurso educacional aberto, dado seu caráter didático, é um evento totalmente online e sem custos para os participantes, promovido pelo grupo Texto Livre/Laboratório SEMIOTEC, da FALE/UFMG, desde 2010. Apoio: CAED/UFMG

fonte: https://under-linux.org/entry.php?b=4448

Comecemos por um exemplo de peso: compare o PDF de dois artigos aleatórios da revista PLOS ONE, um recente de 2015 outro de 2014 ou antes: PDF PlosONE de 2015; PDF PlosONE de 2014.

Surpresa? O de 2015 está mais “feinho”! Involução? Falha no sistema?

Não parece falha, pois todas as outras funcionalidades estão perfeitas no site (inclusive, se nunca reparou, repare no XML no botão de download).

Não é falha… Explico, primeiro dentro de uma perspectiva histórica e tentando encaixar o Brasil nesse contexto.

Em 2011 lançamos uma “profecia patriótica”, de que o processo produtivo das revistas científicas seria mais eficiente e muito mais barato.
A eficiência vem sendo lentamente conquistada nas revistas brasileiras pela iniciativa do SciELO de adotar o XML como “dual” do PDF, desde 2013, mas o custo não: ainda hoje a diagramação de artigos científicos nas revistas brasileiras segue o modelo produtivo artesanal tradicional, os retoques e revisões são impostos pela cultura do “fazer bonito no papel”.
A exigência dos autores e editores brasileiros em revisar a prova tipográfica, e não levarem a sério e se restringirem à revisão do conteúdo antes dessa prova, tem um custo financeiro altíssimo. O tal do processo XML-Publishing só vai ser significativamente mais econômico se não houver intervenção humana nem loops de revisão…
Essa cultura tem sido a maior barreira à profecia de 2011.

Isso não ocorre apenas no Brasil, mas em revistas onde autores e editores mantém no subconsciente, como modelo, as suas Rolls-Royce journals (ex. Nature)… É como um indústria de carros 1.0 querendo imitar o design tradicional de alto luxo, a um custo de dois carros… Injustificável para as revistas, inclusive de alto impacto, que praticamente não publicam mais em papel.

O que mudou agora em 2015?

Maior revista científica do mundo, e OpenAccess de maior impacto, a PLOS ONE, depois de “engolir” durante anos que os autores pagavam muito caro para estar na revista, decidiu iniciar a sua cruzada contra a cultura irracional da revisão da prova tipográfica. O contrato do autor com a revista é em torno do conteúdo (do XML!), não da sua visualização no papel.

As revistas científicas ainda não podem “aposentar o PDF” pelo mesmo motivo que os Diários Oficiais: o PDF tem um certo valor de registro oficial. Isso vai levar um tempo… Todavia acervos como SciELO e PMC, e as linhas de produção das editoras científicas, já incorporam o XML JATS como prioridade.De brinde: o EPUB resultante desse processo focado em 1 coluna pode ser tão bom quanto o PDF; lembrando que ambos, PDF e EPUB, são automaticamente gerados a partir do XML.

Na Web esse dilema do “PDF feinho” pode também ser rotulado de “dilema do fluid vs rigid“.
O que ocorreu na PLOS ONE, de qualquer forma, não foi uma decisão de design, mas uma decisão de processo produtivo e de mudança cultural.

… Agora o subconsciente da comunidade científica já tem para onde olhar… Que tal uma campanha? Se para mudar a cultura, basta mudar os sonhos, sonhem em ser uma PLOS ONE!

A plataforma +SCIENCE tem como objetivo intermediar o contato de professores do ensino médio da rede pública de ensino, com interesse no desenvolvimento de atividades de pesquisa em suas escolas, com estudantes de mestrados e doutorados apoiados pelo Governo Brasileiro.

Funciona da seguinte maneira: os professores interessados preenchem o formulário online com os dados de sua escola, grupo de alunos envolvidos e principais interesses científicos, juntamente com uma breve proposta de projeto de pesquisa de, no máximo 3 páginas, contendo título, grupo de trabalho (alunos e outros professores), área de concentração, introdução, objetivos, metodologia, resultados esperados, e a bibliografia básica. Já os estudantes de mestrado e doutorado interessados devem preencher o formulário PhD Action com seus dados acadêmicos e principais áreas de atuação. É valido lembrar que, para a inscrição é necessário confirmar a disponibilidade de 1 hora semanal para apoiar os grupos de pesquisas das escolas públicas brasileiras. 

A equipe responsável por selecionar as propostas das escolas entra em contato com os alunos de doutorado para que pontos de sinergia sejam identificados e assim possam juntos iniciar os trabalhos de montagem e execução do projeto.

A iniciativa surgiu da intenção de alguns estudantes em dar uma contrapartida direta de sua condição de bolsistas ao sistema educacional público brasileiro, levando em conta que um dos pilares sobre o qual se assenta a universidade pública brasileira é a extensão, elemento indissociável da pesquisa e do ensino acadêmicos. Até o momento, a plataforma dispõe de cerca de 40 horas disponíveis, que correspondem a 40 alunos que se dispuseram a ajudar e orientar os projetos, oriundos e diversas universidades, tais como: Universidade do Porto, Universidade do Minho, Universidade de Aveiro, University College Cork, Universidade de Alberta, Universidade de Lisboa, Universidade Federal do Paraná, Dublin Institute of Technology, Universidade de São Paulo, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Universidade de Glasgow, Florida Institute of Technology, Universidad del País Vasco, Aix-Marseille Université, University of Minnesota, Cornell University, Texas Tech University, Tulane University e Universidade de Santiago de Compostela. Já são 44 pesquisadores voluntários cadastrados e duas escolas cearenses participando: a Escola de Ensino Médio de Irauçuba, em Irauçuba, e a Escola Estadual de Educação Profissional José Ribeiro Damasceno, no Trairi. Além disso, três escolas do Rio Grande do Sul entraram em contato para mais informações sobre o projeto.

O Brasil tem um número cada vez maior de mestres e doutores, com pesquisas e produções científicas gerando impacto na indústria, na medicina, por exemplo, mas isto não necessariamente tem reflexos no ensino público, pois é pequeno o número de profissionais que se voltam para a atuação nas salas de aula. A escola é a práxis, é onde o lema “Pátria educadora” ganha corpo, onde o destino social e profissional dos jovens é muitas vezes definido. Por isso a intenção de atuar diretamente com esse público.

Licença CC-BY; Fonte: https://flic.kr/p/r4gUDn
Open Con 2015

Estão abertas até 22 de junho as inscrições para interessados em participar da OpenCon 2015, que acontece entre os dias 14 e 16 de novembro em Bruxelas, Bélgica. A OpenCon é uma conferência voltada para estudantes e profissionais em início de carreira interessados/envolvidos na promoção do acesso aberto, da educação aberta, e dos dados abertos, na teoria e na prática – a programação inclui palestras, discussões, oficinas, hackatons e até um advocacy day com visitas ao Parlamento Europeu e outros órgãos (leia mais em nosso post anterior sobre o evento).

Bolsas integrais são oferecidas a todos os participantes que não podem arcar com os custos da viagem. Por causa disso, a participação é limitada. Interessados em uma vaga na conferência devem preencher até 22/6 o formulário disponível no endereço opencon2015.org/attend. As inscrições serão avaliadas em duas etapas, e os resultados finais serão divulgados até o dia 21 de julho. Para saber mais sobre o processo de inscrição, leia a FAQ.

A OpenCon é organizada pela Right to Research Coalition, SPARC, e um comitê formado por instituições e indivíduos de todo o mundo (eu, inclusive). Mais do que um evento anual, a intenção é construir uma comunidade – mesmo quem não conseguir ir a Bruxelas pode se inscrever na lista de discussão, participar das chamadas e webcasts mensais, ou até mesmo organizar eventos-satélite locais.

Divulguem e participem!

Prezad@s,

A organização do XII Evidosol/IX Ciltec-online (XII Encontro Virtual de Documentação em Software Livre e IX Congresso Internacional de Linguagem e Tecnologia online ) convida a todos para suas atividades, que se iniciam nesta próxima segunda, 01/06, e vão até 03/06/2015.

Nesta edição do evento, você poderá assistir e interagir por meio das seguintes atividades:

Conferência Internacional: “A morfogénese da metropolização do mundo” – Isabel Marcos (Universidade Nova de Lisboa – Portugal) – 01/06/2015, 16h (Brasília). Local: Chatslide

Conferência Internacional: “Facebook: Identidade e (In)Segurança? Os Perigos da Linguagem Silenciosa” – Vanda Sousa (Universidade Nova de Lisboa – Portugal) – 02/06/2015, 16h (Brasília). Local: Chatslide

Conferência Nacional: “Algumas razões: por que utilizar e ensinar sobre software livre?” – Fátima Conti (Universidade Federal do Pará – Brasil) – 03/06/2015, 16h (Brasília). Local: Chatslide

e ainda muitas outras comunicações de pesquisas, relatos de experiências e críticas que podem ser conferidas na programação: <http://evidosol.textolivre.org/papers/2015/pub/>.

O evento é totalmente online, por meio de interações escritas em chats e fóruns, e fornece certificados de participação com carga horária. A inscrição pode ser feita nesta página até 01/06/2015.

Este congresso é organizado pelo Grupo Texto Livre e apoiado pela Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (FALE/UFMG), pelo Instituto de Ciências Exatas, Naturais e Educação da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (ICENE/UFTM), pela Universidade de Uberaba UNIUBE) e pelo projeto Kósmos, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Contamos com sua participação nos diálogos propostos neste evento, e também na divulgação deste convite!

atenciosamente,

Organização do Evidosol/Ciltec-online

http://evidosol.textolivre.org

evidosol@gmail.com
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Em Janeiro de 2014, um colega me disse que não comprava a proposta de micro-certificação que também é conhecido por badges. Tive que atualizar meu currículo Lattes e me aborreci bastante por não ter aprendido (se é que alguém sabe) como realizar essa tarefa. Para diminuir meu aborrecimento resolvi escrever este post sobre como o modelo de micro-certificação pode tornar o currículo Lattes muito mais amigável.

A Plataforma Lattes é um (des)serviço mantido pelo CNPq (vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) que hospeda o currículo dos pesquisadores brasileiros. Pesquisadores brasileiros só podem receber financiamento do CNPq se (1) possuírem o currículo na Plataforma Lattes e (2) se o currículo estiver atualizado. Infelizmente, para atualizar o currículo o usuário da plataforma precisam inserir manualmente todas as informações por meio de uma interface bastante confusa.

O Open Badges é um padrão aberto desenvolvido principalmente pela Fundação Mozilla para representar as habilidades/conquistas/premiações de um indivíduo. Uma badge consiste em um arquivo PNG (sim um arquivo de imagem) com vários metadados de maneira que ela pode ser facilmente armazenada, transferida e visualizada.

A maior quantidade de informações que adicionamos no Lattes está relacionado com artigos, posters, softwares, patentes, participações/apresentações em eventos, organização de eventos, … Boa parte dessas informações poderiam ser transferidas através de Open Badges de forma a facilitar a vida do usuário que ao invés de navegar em um interface confusa precisaria apenas enviar um arquivo PNG para a Plataforma Lattes, algo que espera-se ele estar habituado a fazer pois vários serviços na internet permitem ao usuário subir uma foto.

Os receios do meu colega eram (1) qualquer pessoa poder emitir suas próprias certificações e (2) averiguar veracidade da certificação.

A Plataforma Lattes não resolve o problema (1). É permitido você organizar uma sessão de poster, apresentar seu poster na sessão que organizou e adicionar esse trabalho no seu currículo Lattes.

Atualmente a Plataforma Lattes também não resolve o problema (2). Se eu adiciono no meu currículo Lattes que eu escrevi um software não existe ninguém que vá certificar que eu realmente escrevi o software. Felizmente, a adoção de Open Badges oferece uma solução para esse problema. Embora qualquer um possa emitir uma badge, fazê-lo demanda muito mais trabalho do que simplesmente preencher um formulário pois você precisa assinar digitalmente a badge ou disponibilizar publicamente uma cópia da badge em um servidor web. Por esse motivo, apenas algumas pessoas iriam emitir badges e isso "resolveria" o problema (2).

Vamos para um exemplo para deixar as coisas simples. Atualmente, adicionar participação em um evento no Lattes requer o preenchimento de um formulário que é algo simples, depois que você entende a interface confusa, e por isso é fácil adicionar um dado errado. Se você tiver apenas que enviar um PNG que a organização do congresso lhe enviou por email você irá economizar tempo e ter certeza que a informação está correta. Para a organização do congresso, enviar uma Open Badge não é trabalho adicional porque ela já iria emitir um certificado (em papel ou em PDF) para você.

Será que o Lattes consegue entrar na Web 3.0?

Texto publicado à pedido da autora, Sarah Schmidt.

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Jovens de Campinas entre 13 e 16 anos que se interessam por tecnologia e programação podem se inscrever para participar do projeto Jovem Hacker – Edição Cultura Digital até o dia 30 deste mês, por meio do site http://jovemhacker.org/. A formação gratuita é composta por oficinas sobre lógica de programação, software livre e desenvolvimento de programas e jogos. Algumas linguagens como HTML, CSS, Python e JavaScript serão trabalhadas com os alunos.

A proposta dos encontros é a de que os jovens, após participarem das oficinas iniciais, criem seus próprios programas com a orientação dos programadores que ministrarão as aulas. Ao final dos encontros, tais criações serão divulgadas para a população.

Os jovens interessados devem preencher uma ficha de cadastramento por meio da página http://jovemhacker.org/inscricao. As oficinas vão ocorrer sempre às quartas-feiras, de 13/5/2015 e 25/11/2015, das 13h30 e às 17h30, no CDI-Campinas (próximo ao Hospital Mario Gatti). Os participantes terão direito a vale-transporte e lanche durante o evento. Atenção: somente receberão certificado de participação os alunos que tenham menos de duas faltas.

Espera-se que sejam desenvolvidos programas e ações que beneficiem a própria sociedade, uma vez que um dos objetivos do projeto Jovem Hacker é auxiliar na formação de uma geração que seja autônoma tecnologicamente e que, consequentemente, esteja melhor preparada para definir os rumos do desenvolvimento tecnológico na cidade e no País.

Baseado em alguns princípios da chamada “Ética Hacker” como uso de software livre, compartilhamento livre de códigos de programação e trabalho colaborativo, o projeto pretende tornar os participantes mais conscientes sobre o funcionamento de programas e dispositivos digitais com os quais eles lidam todos os dias, mas muitas vezes não entendem seus mecanismos e funcionamento.

Desta forma, pretende-se que os participantes se tornem “tinkerers” ou “fuçadores” que possam entender os princípios dos códigos de computadores, personalizar, modificar e criar em cima de códigos e programas existentes.

O projeto Jovem Hacker é uma iniciativa do Núcleo de Informática Aplicada à Educação (NIED) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Coletivo Revoada.

Somente duas cidades foram contempladas com o Edital na área de cultura digital e Campinas está entre elas

O programa Jovem Hacker – Edição Cultura Digital foi contemplado pelo Edital nº 33/2014, “Concurso de apoio a projetos especiais – moda, gastronomia, artesanato e cultura digital – no Estado de São Paulo”, do Programa de Ação Cultural (Proac) da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo.

Além de Campinas, apenas mais uma cidade foi contemplada na categoria de cultura digital: Cananéia. O resultado do edital pode ser acessado aqui: http://www.cultura.sp.gov.br/StaticFiles/SEC/edital/33_rf_14.pdf

O projeto pioneiro nasceu em Campinas: uma experiência piloto ocorreu no primeiro semestre de 2014, quando uma turma formada por dez pessoas foi selecionada. Os jovens trabalharam com a linguagem Scratch e cada participante desenvolveu um jogo como produto final. Os jogos criados por eles podem ser conferidos no link http://jovemhacker.org/jogos-desenvolvidos-pela-1a-turma/.