Nota 1: Este post é uma tradução desse outro post publicado no blog do grupo de trabalho em educação aberta da OKF pela Marieke Guy

Nota 2: Este post foi publicado simultaneamente no blog da OKFN Brasil.

Em 20 de Janeiro, como parte do Dia da Educação Livre, o Open Education Handbook> será traduzido para o português. A tradução será liderada por Raniere Silva (da Open Knowledge Foundation Brasil), Tel Amiel (do Grupo de Trabalho em Educação Aberta da UNICAMP) e Ricardo Panaggio (membro da comunidade Mozilla Webmaker), com o suporte do Grupo de Trabalho em Educação Aberta da OKF. A tradução será conduzida na Casa de Cultura Digital de Campinas e é aberta a todos os interessados (inclusive de forma remota).

O Dia da Educação Livre é um comemoração internacional pelos recursos educacionais abertos/livres. Maiores detalhes encontram-se nesse post de Pockey Lam, o Vice Presidente da Fundação de Liberdade Digital.

A tradução ocorrerá das 11h às 19h GMT (das 9h às 17h no horário de Brasília) do dia 20 de Janeiro (dois dias depois do Dia da Educação Livre) – maiores detalhes estão disponíveis na Wiki do EFD. O plano é exportar o handbook do Booktype e utilizar ferramentas abertas para organizar a tradução. Estará sendo utilizado o Translate Toolkit para converter os arquivos HTML para PO (um formato utilizado em traduções) e o Transifex para tradução dos arquivos PO que ao final serão convertidos novamente para HTML. O último passo é enviar os arquivos HTML com a tradução para o Booktype. Planeja-se que parte da tradução seja reaproveitada em outros materiais sobre educação aberta.

efd

Se você está interessado em ajudar na tradução e mora próximo de Campinas/São Paulo/Brasil você pode aparecer no dia, caso contrário envie um email para Raniere em raniere@riseup.net para obter maiores detalhes.

Se desejar traduzir o handbook para outra língua podemos ajudar nesse trabalho também, apenas envie um email ou adicione um comentário.

Nota: Este post foi inspirado por esse post de Nina Paley e as imagens foram originalmente publicadas no mesmo post. Para quem não conhece, Nina Paley é uma artista plástica contra o direito autoral e suas obras são licenciadas sob CC-BY ou domínio público.

Propaganda: se você está procurando um presente de natal para alguém, considere esse livro da Nina Paley. É um dos poucos livros não técnicos sob CC-SA que conheço.

Quando falamos de conhecimento livre estamos nos referindo aquele que, dentre outras coisas, podemos repassar aos nossos amigos e cuja única condição aceitável seja citar o autor original. A transmissão do conhecimento livre é maravilhosamente ilustrada na animação abaixo.

Transmission_10fps2

Infelizmente ainda vivemos em um mundo onde a maior parte do conhecimento não é livre, seja por questões financeiras ou pela lei de direitos autorais cuja desobediência pode levar a multas e até prisões. Independente do motivo pelo qual o conhecimento não circula, indivíduos ficam tristes (ver image abaixo).

07_Paley_pkncu-300x225

Se você também está infeliz com a realidade atual, retire um dos itens da sua lista de resoluções de ano novo participando do próximo encontro mensal da OKF-BR (maiores informações aqui).

Nota: agradecimentos ao Rafael Pezzi pelo texto sobre o CTA.

Na minha apresentação no I Simpósio sobre Acesso Livre na UFMG eu utilizei a figura abaixo como ponto de partida.

Ilustração dos pilares da Ciência Aberta: constituição, tecnologia, treinamento e comunidade.

O que desejava ilustrar é a importância da tecnologia disponível, da prática no uso dessa tecnologia e da comunidade envolvida(na figura sob o nome social), todos respaldados pela constituição, para o sucesso da Ciência Aberta.

CTA

O CTA é um exemplo de contribuição nesses três pilares. Ele tem como objetivo o desenvolvimento de projetos científicos e tecnológicos compatíveis com o compartilhamento de conhecimento, natural do espírito científico, fomentando o desenvolvimento e adoção de tecnologias livres e recursos educacionais abertos. Visa definir novos padrões nos modos nos quais o conhecimento gerado na universidade seja difundido e utilizado pela sociedade, buscando autonomia e governança para os usuários e desenvolvedores de tecnologia.

A fim de diminuir as barreiras para a livre circulação de conhecimento, a adoção de licenças permissivas, formatos de dados abertos e ferramentas livres capazes de lê-los, interpretá-los e modificá-los são essenciais. A partir desta perspectiva, o CTA busca criar, desenvolver e adotar ferramentas livres para o uso e desenvolvimento do conhecimento. Faz isto aplicando princípios de Ciência Aberta e Recursos Educacionais Abertos para projetos de ensino, pesquisa e extensão da universidade. No CTA busca-se adotar práticas para desenvolvimento de projetos onde as etapas intermediárias do progresso do projeto são registradas em sistemas de controle de versão a fim de facilitar a continuidade dos projetos, e dos estudos a eles relacionados, a inclusão de novos colaboradores e da criação de derivações (forks) do projeto original.

Um dos projetos de destaque é o da Estação Meteorológica Modular, que busca criar uma rede de monitoramento meteorológico e ambiental em escolas através da instalação e manutenção destas estações pelos próprios alunos e professores.

Atualização: As apresentações já encontram-se disponíveis no site do Sistema de Bibliotecas da UFMG.

Em um post anterior foi anunciado o I Simpósio sobre Acesso Livre na UFMG e nesse post farei um relato sobre o evento no qual aprendi bastante.

Nota 1: em breve deve ser disponibilizado a gravação do evento no UFMGtube.

Nota 2: em breve atualizo o post com fotos do evento.

Open Acess: oportunidade para a UFMG mostara a produção científica ao mundo

O Professor Pós-Doutor Hélio Kuramoto da UFMG iniciou a primeira parte do evento com uma magnífica apresentação informando sobre o acesso aberto e sua importância.

A bibliotecária Caterina G. Pavão da UFRGS tratou mais profundamente do repositório institucional da UFRGS do Lume que é o maior dentre as universidades federais brasileiras abordando tanto a parte técnica como institucional.

E para terminar a primeira parte do evento apresentei alguns dos desafios ao acesso aberto. Minha apresentação encontra-se disponível aqui (descomprima o arquivo ZIP e abra o arquivo HTML) e espero escrever um pouco mais sobre ela em um outro post.

Repositório Institucional na UFMG; estágio atual de repositórios

A segunda parte do evento foi voltada para a questão de repositórios institucionais cuja principal plataforma utilizada é o DSpace. Foi perguntado o que seria o DuraSpace e a credito que a resposta é uma organização/fundação responsável por manter o DSpace e outros projetos relacionados (ela também oferece serviços).

Essa sessão foi iniciado pelo Professor Doutor Márcio Luiz Buante de Carvalho que apresentou o Laboratório de Computação Científica da UFMG e um dos responsáveis pela infraestrutura de acesso aberto da universidade.

A Professora Pós-Doutora Maria Aparecida Moura falou sobre os vários projetos da universidade que encontram-se sobre a marca do Colaboratório Digital UFMG.

Por último, a bibliotecária da BU da UFMG Belkiz Costa relatou o trabalho de arquivamento das dissertações e teses da universidade, os problemas enfrentados e como foram resolvidos

Editoração Científica na UFMG: experiências diversas

A última parte do evento tratou de periódicos produzidos dentro da universidade. O software mais utilizado para o gerenciamento dos periódicos no Brasil é o SEER (a versão fornecida pelo IBICT do Open Journal Systems) e em alguns casos uma “consultoria” como do GN1.

A sessão foi iniciada pela Professora Doutora Terezinha de Fátima Carvalho de Souza que apresentou a história da Perspectivas em Ciência da Informação.

Depois a bibliotecária Rosângela Maria Costa Bernardino, coordenadora da Biblioteca da Faculdade de Letra e representando o Professor Doutor Luiz Francisco Francisco Dias, falou sobre os periódicos da Faculdade de Letras da UFMG. Gostei de conhecer o projeto Viva Voz sendo que teria ficado mais feliz se o material estivesse sob uma licença aberta (CC-BY ou CC-BY-SA).

Posteriormente a Editora Executiva Maria Piedade Fernandes Ribeiro Leite apresentou as várias revistas da área da saúde mineira.

Por último, o Professor Doutor Márcio Luiz Bunte de Carvalho falou sobre os esforços para criação do portal de periódicos científicos da UFMG que envolve o mapeamento dos jornais existentes e migração ou integração dos mesmos.

Agradecimentos

Agradecimentos a todos que participaram da organização desse evento, em especial para Carla Pedrosa.

Na última segunda-feira, 18/11/2013, ocorreu a Conferência Satélite da Berlim 11 para Jovens Pesquisadores que além de jovens pesquisadores de vários países (mais de 30) contou com palestras de grandes nomes do movimento de acesso aberto como Heather Joseph e Cameron Neylon.

publico

Nesse post anterior foi divulgado um estudo de que daqui a dois anos 50% das publicações estaram disponíveis gratuitamente. Na conferência foi apresentada uma projeção (ver figura abaixo) em relação ao Acesso Aberto de Ouro (os artigos são revisado por pares) e a expectativa é que nos próximos 5 anos mais de 90% das publicações sejam em acesso aberto.

projecao

Sobre as palestras

A programação da conferência encontra-se disponível aqui e alguns dos destaques foram (em ordem cronológica):

  • Heather falando como podemos ajudar o movimento,
  • Iryna Kuchma mostrando as iniciativas existentes na América Latina, China e Índia.
  • Cameron com seu ótimo slide inicial informando sobre a licença dos slides e o que ela significa (também foi aprensentado a agenda européia)
  • Bernard sobre como motivas professores/pesquisadores a publicar seus trabalhos em acesso aberto baseado na experiência da University of Liège e seu repositório (Nota do autor: Esse tópico merece um post),
  • Mike explicando porque classificação/ranking de periódicos é algo do passado e deve ser abandonado (Nota do autor: Esse tema merece um post)
  • Mark sobre a incorporação nos artigos de imagens de alta-definição, vídeos, código fonte, …. e
  • Alek sobre recursos educacionais abertos porque apenas artigos não é suficiente.

Sobre o Workshop

Ocorreram quatro workshops sobre:

O Open Access Button é uma extensão para o web browsers para marcação de artigos que requerem pagamento para serem lidos.

Também foi anunciado o P2P Science Alliance que é um projeto para identificar as colaborações nos projetos de pesquisas.

Agradecimentos

Agradecimentos a toda a equipe que tornou esssa conferência um enorme sucesso.

equipe

Foi divulgada a programação do I Simpósio sobre o Acesso Livre na UFMG.

NOTA: O motivo desse post ser curto e não conter figuras é a incompatibilidade da licença utilizada nesse blog (CC-BY) e a utilizada na divulgação do evento (no caso ausência de uma licença aberta). Já fiz contato com os organizadores do evento para tentar resolver essa questão.

Este post é uma tradução desse outro post (CC-BY) originalmente publicado por Greg Wilson em 17/10/2013 no blog da Software Carpentry. Texto entre colchetes são notas de tradução.

Como parte do “Mozilla Summit” algumas semanas atrás, John Jensen apresentou um relatório sobre a saúde da “open web”. Os detalhes são fascinantes e foram sumarizados no gráfico abaixo mostrando as várias camadas de abertura da qual dependemos. Eu [Greg] vou reproduzí-lo na esquerda e sumarizar minha visão como está a ciência aberta nas mesmas camadas na direita:

Open Web
Escolha
e
Controle
do Usuário
Atividade
Social
Atividade
Economia
Confiança
Diversidade de serviço
Inovação
Liberdade de conteúdo
Interoperabilidade
Acesso
Ciência Aberta
Escolha
e
Controle
do Usuário
Atividade
Social
Atividade
Economica
Confiança
Diversidade de serviço
Inovação
Liberade de Conteúdo
Interoperabilidade
Acesso

Aqui encontra-se a análise de Jensen (baseada em toneladas de dados) e a minha [do Greg] (que é basicamente minha opinião) de baixo para cima:

Área Open Web   Ciência Aberta
Acesso Um terço da população mundial possui acesso regular à internet e apenas 2% vivem em países que estão quase completamente desconectados (Cuba, Iran, Coreia do Norte e Uzbequistão). Por outro lado, apenas um décimo dos norte-americanos com necessidades especias utilizam a internet. Embora a grande disponiblidade de acesso à internet em países desenvolvidos e de um crescimento em outros países, até mesmo o mais bem financiado grupo de pesquisa ainda encontra barreiras para acessar conteúdo e dados. Pessoas estão trabalhando em todos os níveis para mudar isso, mas existe muito a ser feito.
Interoperabilidade Navegadores web modernos são bastante compatíveis entre si. Serviços voltados para cientístas normalmente não falam entre si.
Liberade de Conteúdo Covernos estão tentando controlar quem pode ver o que, mas ainda temos certa grande liberdade para ler, ver e dizer o que queremos.

(Nota: quando questionado, Jensen disse que este camada talvez devesse ser amarela para refletir o aparecimento de jardins cercados e DRM.)
Até pesquisadores renomados e instituições capitalizadas [não encontrei uma boa tradução para “well-funded”] possuem dificuldade em acessar a pesquisa de seus pares devido a barreiras financeiras e outros bloqueios utilizados pelos fornecedores de conteúdo.
Inovação A maior parte ocorreu na área de aparelhos celulares e tablets nos últimos anos. Inúmeras idéias e serviços tem aparecidos nos últimos anos, e não existe sinais de que isso irá dinimuir.
Diversidade de
Serviços
Diversidade diminui quando você aproxima-se do topo da pilha. Por exemplo, a web não é controlada por uma única operadora de rede, mas utilizamos apenas três sistemas operacionais e apenas o serviço de redes sociais e ferramentas de busca são dominados por apenas uma empresa cada um dos serviços. Diversidade dinimui próximo do fim da cadeia de publicação: existem muito mais pontos para coleta de dados do que arquivos usáveis, e algumas poucas grandes empresas possuem a mesma força na área de publicação que Apple, Google, Facebook, e Amazon possuem na web.
Escolha e
Contrle
do Usuário
Várias opções para desktop, mas celulares e tablets são dominados pelo Safari e produtos relacionados com a versão móvel do Firefox possuem apenas uma pequena fatia do mercado. Mais importante, talvez, os usuários não possuem controle de suas identidades: Facebook, Google e Yahoo! possuem. Ninguém domina a ciência na web da mesma forma que Apple, Google e Facebook dominam a web de uma forma geral.
Atividade
Social
De um lado, Facebook consome 83% do tempo “social” online dos usuários. Do outro lado, legislações como SOPA e PIPA são repetidamente derrubadas. O lado social da ciência ainda é fortemente conduzida presencialmente em conferências.
Atividade
Economica
Comércio online possui a maior fatia, seguido por propaganda que constitui algo próximo de um monopólio. O mercado de coisas científicas como a revisão/publicação de artigos é hoje quase que totalmente conduzida pela internet, mas a maioria dos softwares e serviços são caixas pretas controlada por um número reduzido de empresas.
Confiança A internet e mídia social é a 25ª das 25 indústrias nas quais as pessoas confiam, depois de bancos e linhas aéreas. A grande maioria dos cientistas confiam no trabalho dos seus pares, o que é evidenciado pelo fato de que eles não requistam o compartilhamento de dados e códigos para o processo de revisão ao qual são submetidos. Isso não é necessariamente uma boa coisa…

Esta análise mostra porque tantas pessoas trabalhando em prol da ciência aberta estão focadas em mudanças institucionais para abrir o conteúdo, e mudanças técnicas para que as ferramentas hoje presente possam conversar uma com as outras. Nossa missão para os próximos anos é ajudar os cientistas a adquirirem as habilidades e ferramentas necessárias para fazerem seu trabalho.

Sobre o acesso aberto

No dia 07 desse mês, Devon Hanel publicou um post em opensource.com com o título Open access to scientific knowledge has reached its tipping point no qual divulga um estudo europeu que chegou a conclusão de que daqui a dois anos 50% de todas as publicações acadêmicas estaram disponíveis gratuitamente (das publicações de 2011 50% já encontram-se disponíveis gratuitamente).

Uma informação importante desse estudo é que “a maioria de artigos de alguns campos como biomedicina, biologia, matemática e estatísticas encontram-se gratuitamente disponíveis e que o acesso aberto é mais limitado nas ciências sociais, humanidades, ciências aplicadas, engenharia e tecnologia” (tradução e adaptação do autor de trecho do estudo europeu).

O estudo também envolveu o Brasil que aprensentou 63% do artigos investigados em “acesso aberto” devido, em parte, a grande contribuição da Scielo.

Sobre a reprodutibilidade

“A reprodutibilidade de uma experiência científica é uma das condições que permitem incluir no processo de progresso do conhecimento científico as observações realizadas durante a experiência. Essa condição origina-se no princípio de que não se pode tirar conclusões senão de um evento bem descrito, que aconteceu várias vezes, provocado por pessoas distintas. Essa condição permite se livrar de efeitos aleatórios que podem afetar os resultados, de erros de julgamento ou de manipulações por parte dos cientistas.” (Wikipédia)

Ao passarmos a utilizar mais e mais ferramentas computacionais nos experimentos científicos um dos requisitos para a reprodutibilidade do experimento é a disponibilidade do código fonte dos programas utilizados e dos dados de entrada. Infelizmente, hoje, essa não é uma prática comum e foi tema de uma thread na lista de discursão da Software Carpentry sobre qual seria a porcentagem de artigos científicos que disponibilizam os
códigos fontes e dados de entrada.

Essa quantidade vai variar de área para área (algumas áreas da computação disponibilizam os códigos mais que outras) mas as estimativas mais animadoras em quase todos os emais era de ~5% e as mais “realistas” de <1%.

Atualização em 04/11/2013: Os slides das apresentações encontram-se disponíveis no slideshare.

Nota 1: Este post corresponde a uma tradução do anterior que encontra-se em inglês.

Nota 2: As opiniões presentes neste post não representam o grupo de trabalho em Ciência Aberta como um todo.

Nos dias 6 e 7 de Outubro ocorreu a 4ª CONFOA (Conferência Luso-Brasileira sobre Acesso Aberto) a partir da qual eu gostaria de levantar alguns tópicos para debate.

image20131008_0003

Na conferência tivemos várias apresentações sobre acesso aberto, dados abertos, repositórios institucionais, direitos autorais, …, mas eu consigo lembrar de apenas DUAS apresentações cujos slides estava marcados com uma licença aberta:

  • Disponibilidad en acesso aberto de la produccion científica de los países de África lusófona. Martins Fernando Cuambe and Gema Bueno de la Fuente.
  • Cross-Ref, DOI (Digital Object Identifier) e serviços: Estudo comparativo luso-brasileiro. Edilson Damasio.

Então slides é um tipo de conteúdo que não deve ser aberto?

Nas recomendações de Budapest encontramos a definição abaixo para acesso aberto (tradução e destaque pelo autor deste post):

Por “acesso aberto” da literatura científica revisada por pares, nós entendemos que ela encontra-se livremente disponível ao público da internet, permitindo qualquer um lê-lo, baixá-lo, copiá-lo, distribuí-lo imprimí-lo, fazer busca nele, ou criar links para o texto completo desses artigos, utilizá-lo para produção de índices, passá-lo como informação/entrada para um programa de computador (software), ou utilizá-lo para qualquer outro propósito legal, sem barreiras financeiras, legais ou técnicas outras que não inseparáveis da obtenção do acesso da internet. A única restrição para a reprodução e distribuição, e a única regra para o direito autoral neste domínio, de ser dar ao autor o controle sobre a integridade do seu trabalho e o direito de ser adequadamente reconhecido e citado.

No Brasil, muitos chamam de documentos “abertos” aqueles que podemos apenas ler. Na minha opinião, devemos começar a chamar esse tipo de documento apenas de acesso grátis para evitar mal entendidos.

Também no Brasil, as pessoas gostam de utilizar as licenças Creative Commons com a condição de uso não comercial. Pedi ao senhor Marcos Alves de Souza do Ministério da Cultura por uma definição de uso comercial e ele disse que tal não existe. Desta forma e na minha opinição, uma vez que não consiguimos fazer uma diferença clara do que é uso comercial devemos parar de utilizar a condição de uso não comercial das licenças Creative Commons pois o uso dessa restrição apenas atrasa o processo de inovação como foi dito várias vezes na conferência.