Acesso aberto e reprodutibilidade

Sobre o acesso aberto

No dia 07 desse mês, Devon Hanel publicou um post em opensource.com com o título Open access to scientific knowledge has reached its tipping point no qual divulga um estudo europeu que chegou a conclusão de que daqui a dois anos 50% de todas as publicações acadêmicas estaram disponíveis gratuitamente (das publicações de 2011 50% já encontram-se disponíveis gratuitamente).

Uma informação importante desse estudo é que “a maioria de artigos de alguns campos como biomedicina, biologia, matemática e estatísticas encontram-se gratuitamente disponíveis e que o acesso aberto é mais limitado nas ciências sociais, humanidades, ciências aplicadas, engenharia e tecnologia” (tradução e adaptação do autor de trecho do estudo europeu).

O estudo também envolveu o Brasil que aprensentou 63% do artigos investigados em “acesso aberto” devido, em parte, a grande contribuição da Scielo.

Sobre a reprodutibilidade

“A reprodutibilidade de uma experiência científica é uma das condições que permitem incluir no processo de progresso do conhecimento científico as observações realizadas durante a experiência. Essa condição origina-se no princípio de que não se pode tirar conclusões senão de um evento bem descrito, que aconteceu várias vezes, provocado por pessoas distintas. Essa condição permite se livrar de efeitos aleatórios que podem afetar os resultados, de erros de julgamento ou de manipulações por parte dos cientistas.” (Wikipédia)

Ao passarmos a utilizar mais e mais ferramentas computacionais nos experimentos científicos um dos requisitos para a reprodutibilidade do experimento é a disponibilidade do código fonte dos programas utilizados e dos dados de entrada. Infelizmente, hoje, essa não é uma prática comum e foi tema de uma thread na lista de discursão da Software Carpentry sobre qual seria a porcentagem de artigos científicos que disponibilizam os
códigos fontes e dados de entrada.

Essa quantidade vai variar de área para área (algumas áreas da computação disponibilizam os códigos mais que outras) mas as estimativas mais animadoras em quase todos os emais era de ~5% e as mais “realistas” de <1%.

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